Herói da classificação, Peu é marcilista desde criança

O primeiro gol de Peu pelo Marcílio Dias na temporada já entrou para a história do clube. O atacante marcou o gol da vitória por 1 a 0 do Marinheiro contra a Chapecoense na noite desta quarta-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil, no Gigantão das Avenidas, garantindo a classificação da equipe para a próxima fase da competição. Nada mais significativo que um gol de tamanha importância, que garantiu também uma premiação de R$ 900 mil ao Marinheiro, ser marcado por um marcilista desde criança.

Durante a festa da comemoração, Peu relembrou que sua história no futebol começou no próprio Marcílio Dias, ainda com oito anos de idade.

De família de Navegantes, o atacante revelou que, além jogar na escolinha do clube por três anos quando criança, ele também costumava sentar na arquibancada do Gigantão para torcer pelo Marinheiro.

“Comecei aqui nas escolinhas, com oito anos de idade, torcia para o Marcílio Dias, e hoje entrar e fazer um gol histórico não tem palavras. Deus me mostrou ontem em sonho, mandei uma mensagem pra minha esposa que Deus me mostrou fazendo gol dentro da pequena área, e a hora que a bola começou a rebater, eu fui pra dentro da pequena área e ela sobrou pra mim”, disse emocionado o atacante. 

Aos 29 anos, Peu voltou ao Marcílio Dias em 2023 depois de uma passagem relâmpago pelo clube no ano passado, quando fez um gol em quatro jogos na série D. Repatriado do futebol da Tanzânia, Peu chegou para ser titular no ataque da equipe, mas passou em branco nas suas sete primeiras partidas pelo Marinheiro no ano.

Até que aos 42 minutos do segundo tempo, na primeira partida da história do Marcílio Dias na Copa do Brasil, finalmente a oportunidade de balançar as redes apareceu para o jogador, que não desperdiçou. Na comemoração, fez o gesto do Homem-Aranha, que lhe rendeu o apelido na carreira do futebol.

“Entrou pra história como um dos gols mais importantes da história do clube, pela grandeza do campeonato. Eu vinha em uma situação complicada, atacante precisa fazer gol, mas eu estava me dedicando, fazendo o meu máximo, saindo [de campo] com a consciência tranquila, apesar dos comentários. Acho que esse gol também foi para coroar aquilo que eu vinha fazendo”, completou Peu, que vinha sendo criticado pelo torcedor nas redes sociais.

Depois de começar na escolinha do Marcílio, Peu passou pela base de Avaí e Internacional, até ser comprado Fluminense. Além de jogar no time carioca, atuou em vários países como Polônia, México, Eslováquia, Portugal e, por último, a Tanzânia, onde pediu dispensa no final do ano passado por questões familiares, retornando para o Marinheiro.